quinta-feira, 21 de maio de 2015

De asas feito.


Ama-me,
mas ama-me em liberdade,
sem cordas ou desventura,
que o vento e as marés
nos fogem, se os quisermos em clausura.
Pinta-me,
rodeia-me do teu retrato,
sê com arte a minha calma,
serei o teu dia de àgua, o teu nome ao sol,
teu furacão imenso em ondas de alma.
Ama-me,
mas ama-me com asas e mundos,
que eu sinta de verdade,
ama-me amor, com ciume e avidez,
mas ama-me em liberdade.
Escreve-me,
mas não me descrevas,
senão bem dentro do peito,
nada me prendas amor,
só lealdade, e a flor, o amor perfeito.


Óscar Dinis

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