segunda-feira, 26 de março de 2012

Sopra um anjo de desejo.

Cresceu a flor e o musgo em verde,
Pelas crias do defunto,
Cemitérios assassinos,
Clamam pelo vagabundo.

Dos tribais tambores em norte,
Treme ao longe monte branco,
Rufam terras prometidas,
Que morrem nas primaveras.

Mas o que nos corta a alma,
Mais ainda do que um beijo,
É sentir que tudo aqui,
Sopra um anjo de desejo.

Durante a noite,
Dormia ao relento no meu lençol nas nuvens,
Perguntando ao sonho qual o limite de um poema,
“Se limitares o poema, prenderás os sonhos,
E serás prisioneiro dos teus pesadelos”.

Mas as nuvens afinal nunca existiram,
Nem os meus olhos,
Que são de sol, antes as viram,
Só a lua me as liberta, enquanto sonho.

Óscar Dinis

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