A verdade é que te vejo,
vejo-te em cada pedra
flagelada de estio
dentro da casa abrasada
pelo sol do sul de uma loucura.
Nos estendais que a roupa ao vento abanam
nas paisagens onde me sento
sinto-te em tudo o que é momento,
orfão de mim da alma ao pensamento.
E aí, fixado me sustento,
imprudencia prima existencia toda
mentirosa simbiose que por tudo ainda sustento.
Mas que não se calem os gemidos
de um coração louco, asa partida
Nem as árvores lunas das lembranças
onde eu danço ás folhas os bailados
que só se refletem no breu e toda a vida.
...ha minha dor,
que tão bem te sinto e mal me entendo.
Óscar Dinis
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