sexta-feira, 27 de abril de 2012

As Águas...


São lentas as águas que recuam nas areias
são espumas e brancas, como os meus cabelos.
Porque me doem tanto os anos que já passaram?
Porque brilham tanto num sorriso quando querem chorar?
As águas são corpo e são mulher
e são também passado lento que avança no meu pensar.
As águas são de seios e são de leite
são magnificas aldeias de luz e oiro
que eu já não posso ressuscitar.
Porque de uma herança antiga e só com alma
muito poucos irão ficar para ouvir contar.

Óscar Dinis

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