Não fui eu quem vos perdeu.
Foram as aves, asas de vida,
Quem vos levou.
Santas sejam, eternas valham.
Que o vento que vos soprar,
Se sinta bendito e orgulhado,
Porque lhe dei o melhor de mim.
Vento muito melhor do que o meu,
Que foi irado e intempestivo; que foi cruel.
Vento muito melhor do que o meu,
Que seja calma, afago e brisa e que vos deixe voar.
E que vos deixe retornar de quando em vez
Ao poiso berço,
Só para vos tocar as asas,
No beiral do velho ninho.
E num segundo apenas,
Todos os beijos que caibam dentro de um relógio.
Óscar Dinis
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