E por acaso aconteceu. Saudar-te com um beijo,
Perdido à toa noutra cidade...
Eu, que fui rua de outra verdade,
Nesta sou rum, sou gin, já nem desejo.
Nesta aqui erraria menos,
Mas foi na outra que nasci,
Que fui dos poemas que vivi,
Todos mais vivos e mais eternos.
Mas o teu olhar quando me viste,
Foi a visão total do meu despido degredo,
Infeliz e trespassado pelo Ver e pelo medo,
O teu olhar viu tudo o que agora existe.
Tudo acontece por acaso, assim almejo,
E por acaso aconteceu...
Ver-te e saudar-te com um beijo...
Noutra cidade, em que eu, já não sou eu!
Óscar Dinis
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