quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Escrevi coisas no destino.


Cada dia é o primeiro
e o tumulo dos idos dias,
e se eu não fui verdadeiro,
eras futuro tu, que mentias.
Escrevi coisas no destino
nos dias que já morreram
que as não quero sepultar
aos outros que as não viveram.
Se calhar fomos as estrelas,
brilhos que o passado estanca,
supernovas, explosões imensas,
hoje metamorfose, anãs brancas.
Fomos o livro mais fantástico,
fomos de sol e tormenta...
Existe o passado ou não?
Existe, e é morte lenta.
É morte porque não está,
é lenta porque lembrança,
porque não jaz jamais á pressa,
senão no dia da grande herança.
Cada dia é primeiro e ultimo,
principio e fim da viagem,
escrevi coisas no destino,
eu todo água e miragem.

Óscar Dinis

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