sábado, 24 de maio de 2014

Prelúdio da ascensão dos cobardes.

Faltavam pouco mais que 6 dias. O Clóvis, no entanto, já não era invisível. Voltara à 1ª forma, audaz, valente e destemido, capaz até de desafiar ( pelas costas e em mentira absoluta ) a Rainha. " Sim, que eu até lhe disse," Ó Sicrana, eu não me "ajoelho" ao Labrego!" Tinha havido um incêndio umas árvores antes e Clóvis não tinha sido informado pelo cão de fila a quem Labrego avisara. Por saber que qualquer palavra ou acontecimento lhe era imediatamente ganido, Labrego limitou-se a não perder tempo. Mas Clóvis o que queria era informar toda a aldeia , que, por fim, estava de regresso. Em frente ao lamentável Adriático, pegou de proa e ressuscitou os brados antigos, que faziam secar de lágrimas em receio e admiração quase feminina, o Adriático. O Labrego a tudo assiste impávido e sereno...virão novos ventos terríveis, em que a cachaça e o cão de fila retornarão ao trono e a Autocracia voltará a governar na velha máxima constante de séculos estupidificantes de berço. Ratos e não homens, espertos e não inteligentes. O Labrego a tudo isso já se habituou, e a ira à injustiça de tais "reis" hà muito e profundamente calou. Pede a si mesmo a cada hora, apenas isto...que mais nenhuma vez Clóvis se atreva, em mais nenhuma madrugada de álcool desmedido, a colocar em causa a sua humanidade desafiante até ao sangue da sua própria família. Mas tudo isto são metáforas. Labrego sabe bem o que o espera...e apenas lamenta, o declinar da luz.


Óscar Dinis


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